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Mary Poppins e a beleza da subversão

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Primeiro dia do ano e primeiro filme do ano, a produção da Disney "O Retorno de Mary Poppins" é uma grata surpresa! Consegue prestar homenagem ao filme clássico de 1964 e, ao mesmo tempo, ousa e inova sem perder a mão. Tentarei fazer uma resenha e análise aqui sem estragar a surpresa de quem não viu. Situado no fim da década de 20 do século XX, em plena crise da depressão, o filme nos mostra como o filho de banqueiro Banks foi proletarizado, está quase falido e virou funcionário do banco que seu pai ajudou a fundar. A película narra a batalha para manter a casa que Michael Banks não conseguiu pagar e agora o banco vem tomar. Uma crítica bacana ao capitalismo predador, presente em vários momentos do filme, inclusive quando sua irmã Jane,(agora já adulta como ele) se mostra uma organizadora e incentivadora de greves, o tempo todo trajando calças, algo não muito comum entre as mulheres daquela época, e numa postura oposta a da já sua falecida mãe no primeiro filme Mary Poppin

HBO PRODUZ SÉRIE BASEADA EM HQ ARGENTINA

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A nova série O Hipnotizador que estreará no Brasil  reserva uma peculiaridade: é baseada nos 8 capítulos publicados originalmente na revista em quadrinhos argentina Fierro em 2010 e depois compilados como álbum pelas editoras Casterman (França) e  Sudamericana (Argentina). A obra foi concebida originalmente pelos argentinos Pablo De Santis e Juan Sáenz Valiente e conta a história de Arenas, um enigmático médium hipnotizador de aproximadamente 40 anos, através de suas habilidades o personagem se torna uma espécie de detetive que interage com o subconsciente de seus clientes, consegue desvelar recordações muito bem escondidas no inconsciente das pessoas, mas segue atormentado por seus próprios fantasmas. De Santis já havia feito sucesso na Fierro argentina com outras HQs na década de 80, é cria da publicação. A Fierro encarna hoje uma nova versão, a revista é vendida junto com o jornal Pagina 12, tanto a atual como sua antecessora são celeiro do que há de melhor nas HQs argentinas

MEU ARTIGO SOBRE ANGELO AGOSTINI PUBLICADO NA PROTESTANTISMO EM REVISTA, EDIÇÃO 2015

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Meu primeiro artigo aprovado e publicado numa revista com Qualis B! Um estudo realizado em conjunto com o Professor Dr. Edilson Fernandes sobre Angelo Agostini e a luta pela abolição. Segue link para quem quiser conferir, edição 36 da Protestantismo em Revista : http://periodicos.est.edu.br/index.php/nepp/article/view/2457/2326

QUADRINHOS PELO MUNDO - O ENCANTO DAS HISTORIETAS URUGUAIA

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Em julho deste ano passei alguns dias de férias no Uruguai, como colecionador e leitor de quadrinhos que sou não podia perder a oportunidade de visitar e fuçar todas as livrarias tradicionais e lojas especializadas no tema. Me impressionei. Nas livrarias situadas nas grandes avenidas do centro e shoppings da cidade as HQs norte-americanas da Marvel e DC dividiam espaço com quadrinhos europeus da Norma Editorial e com as publicações uruguaias. Não havia uma livraria em que as nacionais não se fizessem presentes, sempre lá, sempre em qualidade e quantidade respeitável, algo construído nos últimos tempos no país, inclusive com apoio governamental, diga-se de passagem. Diversos títulos ostentam o selo do MEC (Ministerio de la Educación y Cultura), estes venceram editais e receberam incentivo federal para serem viabilizados, se tornaram mais populares, embora não se deva esquecer que se trata de um país com uma população bem menor que a nossa, sendo assim o avanço foi muito expressivo.

Histórias em Quadrinhos e educação caminhando juntas

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O Menino Amarelo, de Richard Outcault. Os Quadrinhos hoje estão na moda, passaram a ser protagonistas da cultura pop dos nossos tempos, estão nas adaptações feitas para os cinemas, para os desenhos animados, camisetas vendidas em grandes magazines, pijamas, chinelos, caderno. Para onde olhamos há referências as histórias em quadrinhos. Está forma de arte e entretenimento já viveu várias fases, é um fenômeno mundial que carrega as características dos mais variados povos, isto aparece claramente nos mangás japoneses e nos super-heróis norte-americanos, são representações de sua cultura, de sua forma de vida. O surgimento desta que é chamada de nona arte foi, segundo alguns, em 1895 na sua forma mais completa: é com o Yellow Kid, uma criação do norte-americano Richard Outcault, que temos pela primeira vez a presença de um personagem principal fixo, de algo parecido com o que viriam a ser os balões de fala dos quadrinhos e de uma história mais consistente. Tal HQ foi um fenômeno

As HQs impulsionando séries de TV com qualidade

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Não é de hoje que as histórias em quadrinhos inspiram séries televisivas de qualidade, há muito tempo isso ocorre, mas estamos vivendo um novo momento deste fenômeno. As séries televisivas do Batman de Adam West e Burt Ward que marcou a década de 1960 e foi exibida no Brasil até os fins dos anos 90 com 120 episódios e a do Hulk com Bill Bixby e Lou Ferrigno criada nos fins dos anos 1970 com mais de 80 episódios e alguns filmes derivados fizeram o caminho de potencializar e popularizar os quadrinhos a partir delas, a primeira inclusive acabou tornando o Batman mais aceitável e leve para um determinado corte de público. O caminho de hoje é um pouco diferente, os quadrinhos tem impulsionado novas produções para a televisão, em alguns casos associadas a filmes que as antecedem como Agents of Shield e Agent Carter, ambas da Marvel. Outro exemplo são as séries da DC Comics que passam a pipocar no canal pago Warner e em outros, começou com Arrow reproduzindo as aventuras do Arqueiro Ver

O formatinho cresceu junto com o público leitor,seria o momento dele voltar?

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Começamos nossa inserção nos quadrinhos do século XX com os semanários com materiais preferencialmente de origem européia que reproduziam também algo norte-americano, nossas primeiras revistas em quadrinhos de personagens solo ou coletâneas aparecem em formato próximo ao americano e, creio que não intencionalmente, as da editora Abril vão migrando para formatos menores até chegar ao famoso formatinho. O formatinho esteve em sintonia com um determinado público leitor passando por praticamente todas as editoras (GEP,EBAL,RGE,BLOCH,ABRIL,GLOBO..) até meados dos anos 90 do século XX, ficou como uma marca dos quadrinhos de Maurício de Souza, italianos, Fantasma, Mandrake, Marvel, DC e Disney no Brasil. Creio que reflita um momento de um público majoritariamente infantil e juvenil, um corte de mercado intencional e consciente no processo que consolidou esse formato de publicação mais barato, mais popular e mais acessível. Os que compraram e viveram esse período, em particular os materi